Desde o início, grita uma mãe para a galáxia

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Estas produções são resultado de trabalhos de alun@s e convidad@s na disciplina de História da Arte Contemporânea, ministrada por Fabiana Pedroni, na Universidade Federal do Espírito Santo no primeiro semestre de 2018 no curso de Artes Visuais e Artes Plásticas. A atividade consistia nas seguintes etapas:

  • Escrita de um curto texto de temática livre por cada um dos participantes da atividade;
  • Sorteio aleatório dos textos de modo anônimo entre os alunos e convidados através de um aplicativo;
  • Cada participante trabalhou o texto anônimo que recebeu em uma produção poética, de formato livre;
  • Debate e construção de uma crítica do processo.

Aqui temos disponíveis o texto livre de Priscilla Reges e o áudio produzido por Kamilla Mengali, ambos carinhosamente cedidos para esta publicação ^^

Desde o início dos tempos

Texto de Priscilla Reges

Desde o início dos tempos, humanos olham para o céu, seja em busca de respostas divinas, guias para colheita, temperatura, direções para navegação, ou apenas por puro fascínio.

A infinitude do universo, o mistério dos corpos celestes, como algumas estrelas são vistas no verão e outras no inverno, sendo que são sempre imóveis, sempre as mesmas constelações, do movimento aparente dos astros, por que algumas “estrelas” não piscam e se movem ao longo da noite, o que são planetas, a mudança das cores ao longo do dia, por que o sol e a lua correm o céu… os fenômenos quase que inexplicáveis, como eclipses e a aurora boreal, mobilizaram o homem como espécie a desvendar todas essas questões, e o levou aos limites da racionalidade, de crenças, da própria individualidade.

Impossível não se sentir insignificante frente ao abismo infinito do espaço sideral, com suas galáxias, buracos negros, nebulosas, supernovas. A busca por vida como conhecemos, partículas quânticas, matéria escura, radiação de fundo, saber que a luz pode ser distorcida, que o tempo não é absoluto, a realidade pode não ser única…

E ainda, com tudo explicado e coerente e desmistificado, não é nada reconfortante saber que somos apenas pó de estrelas.

Trabalho poético de Kamilla, em colaboração com Efrain e Maressa

Kamilla teve a ajuda de seu primo Efrain, de 5 anos, por ela alfabetizado, e da irmã mais velha de Efrain, Maressa, para falar das especulações do universo. A narrativa do áudio, criada por Kamilla e Efrain, fala de um viajante das galáxias que perdeu no planeta terra seu maior tesouro, sua galáxia. Depois de uma conversa, os integrantes do trabalho escolhem o que representaria a galáxia: “o brinquedo que marca o tempo, um robô de um desenho, pois, de acordo com a imaginação dele (Efrain), uma galáxia seria muito bem representada por um mini robô que marca o tempo”.

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