Assimilamos as ideias de Assinalar (Sinalizar) e de Divagação Estética, do artista argentino Edgardo Vigo (1928-1997) reposicionando seus conceitos. Vigo expressa que: “A liberação está na medida em que o homem se desprenda das ‘PESADAS BAGAGENS DO CONCEITO POSSESSIVO DA COISA’ para ser um OBSERVADOR-ATIVO PARTICIPANTE de um ‘ELEMENTO COTIDIANO E COLETIVO ASSINALADO” [1] (destaques do autor). Retiramos a obrigatoriedade da perda presente no sentido de posse, positivando essa posse. Nosso “tomar posse” do mundo não é um cercear negativo, mas um Sinalizar que cuida e gera frutos, mesmo porque, aquilo de que me aposso verdadeiramente, apenas poderia ser por mim apossado.
O olhar é pessoal, público é o compartilhamento. Os recortes que fazemos do mundo nos dão uma carga de memória/subjetividade/expressão. Os Pormenores Possessivos são um modo de assinar o “olhar”, e “olhar” dito no mais vasto sentido de experimentar a própria vivência pensante no e com o mundo.
As intenções mais sinceras: mostrar o que se deixa pensar; ressaltar os significados mais ínfimos e específicos, aqueles que somente são audíveis no completo silenciar de todo o restante; salvar um ponto do Mundo que se sobrepõe.
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Índice
Parte II
5 – Pormenores Possessivos – I.É
5.1
[01] [02] [03] [04] [05] [06] [07] [08] [09] [10] [11]
[1] VIGO apud FREIRE, Cristina; LONGONI, Ana (Org.). Conceitualismos do Sul/Sur. São Paulo: Annablume, 2009, p. 103.