Caderno de Anotações, p. 064-065, 11.12.2011.

Minha…resposta retórica (?), parei de escrever para você. A escrita perdeu a posse, a palavra passou a ser irremediavelmente dividida. Os poucos equívocos tornam-se mais que acertos, grandes e essenciais verdades: pormenores possessivos. A medida das coisas do nosso mundo é uma taça de vinho branco (tinto) seco e sete colheres de açúcar. Novas novidades = plácido caminhar. Novas paragens e os aspectos construtivos de conversar verdadeiramente. Conversar sobre a gota da chuva, as gotas, que caem insistentemente e acumulam a fantástica vontade de poder. Ele deve parar de cantar em alguns instantes e estão ouvimos nossa voz e ela parece tão pessoal que estava lá antes mesmo de ser ouvida.

Passo a passo toma corpo outra determinação de companheirismo. Surge uma entidade externa ao dilúvio, que torna as partes num copertencimento dissertativo, pois faz uso da palavra e é na palavra que começamos a nos encontrar. Nas ruas as folhas não são mais simplesmente atingidas pelo vento e pela chuva e os troncos não são mais simplesmente úmidos, pois as árvores não são mais simplesmente árvores. É possível dividir a visão mais particular, de coisas que ali sempre estiveram e aparentavam serem incomunicáveis. Fotografar e filmar isso, pois ninguém notaria essa verdade. Certas dores desapareceram quando os passos começaram a serem sentidos um por um. Outras dores não desaparecem, mas surgem sempre mais fracas e mais simples de curar. É que a vontade agora cresce para cima e não para frente. O futuro mudou de direção e de sentido.

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