[vídeo] Autoficção e memória

Nesse vídeo, Fabiana Pedroni participa do quadro Entreletras, do canal da Editora Escambau, em conversa com Moacir Fio. O que é autoficção? Como ela faz uso de memórias pessoais e de outras pessoas para construir narrativas que não são apenas documentais? Qual o papel da prosa poética na expressão das memórias? Como promover o encantamento da realidade através da ficção? Como saber quais elementos entram e quais saem do texto para compor uma autoficção?.

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Todas essas e muitas outras perguntas demonstram a complexidade da autoficção. Em alguma medida, nós não podemos abrir mão de nossas vivências quando escrevemos ficção. A separação entre vida real e personagens e eventos ficcionais, muitas vezes, não passa de uma ilusão. Em simultâneo, escrever autoficção é mergulhar em si mesme, mas, também, inventar-se e deixar o fantástico transbordar para o cotidiano.

Escrever autoficção é sempre arriscado. É necessário coragem e disposição para se transformar, para pensar seus lugares no mundo, revisitar os eus do passado que podem lutar para se esconder dos eus dos presente. Muito mais do que a exposição de uma pouco provável privacidade, a autoficção atinge o íntimo de quem lê.

É inegável que há um tempero de relato documental. Digo um tempero, pois textos literários são pratos ricos de elementos de origens as mais diversas. O vínculo com o relato documental aparece mais como uma âncora que a pessoa leitura pode soltar, caso resolva se entregar.

Muito dessa conversa se relaciona com o primeiro livro de Fabiana Pedroni, “Na volta a gente esquece”, que será lançado pela Editora Escambau. Nesse livro, Fabiana apresenta 27 causos, nos quais exercita a autofição e a autoetnografia. “Na volta a gente esquece” será lançado em breve e, com certeza, trataremos de suas narrativas muitas outras vezes.

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